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Meu Cão no SESI: como parte da equipe

Alinhado à missão da instituição, o programa tem como premissa a educação e a qualidade de vida

 Por: Núcleo de Comunicação
21/02/202014:23- atualizado às 14:40 em 21/02/2020

Os benefícios da relação entre as pessoas e os animais são sempre objeto de estudo e, por isso, cientificamente comprovados. No SESI-SP, eles têm crachá próprio e são considerados parte da sua equipe. Hoje, o Meu Cão no SESI, possui 98 cães que vivem em 46 unidades, em todo Estado.

O programa tem como proposta a promoção da qualidade de vida, o direcionamento pedagógico e o estímulo ao espírito de solidariedade, que são inerentes à atividade do SESI-SP. Os cães foram adotados, por estarem em situação de abandono, muitas vezes vítimas de maus tratos.

O SESI-SP não recebe animais abandonados de maneira geral, mas escolheu para seu “quadro” cães que estavam sem lar. Os pets ganham nomes e estão sob o cuidado de um grupo de pessoas, funcionários dos Centros de Atividades, das escolas e de seus alunos, que zelam pela segurança e saúde desses animais de estimação e sua socialização. A unidade possui a documentação dos cães, assim como a carteira de vacinas.

A interação com os animais já vem sendo utilizada como proposta pedagógica, pois influenciam em aspectos importantes como:

  • melhora da autoestima
  • maior convívio social
  • senso de responsabilidade
  • empatia
  • inclusão
  • respeito e cuidado
  • cidadania e responsabilidade social

 

Melhora no rendimento escolar dos alunos

Na escola SESI de Jundiaí, por exemplo, os alunos que escolheram, voluntariamente, a posição de tutores dos cães (auxiliando nos cuidados e socialização), no contra turno da escola, melhoraram significativamente suas notas. Os docentes perceberam uma mudança nos padrões de comportamento e desempenho dos alunos de maneira geral.

Um dos alunos, que sempre chegava atrasado às aulas, apresentava características de ansiedade e agressividade, se transformou após iniciar o trabalho como tutor. O comprometimento era tanto, que não faltava um dia sequer e começou a render mais nas aulas.

“A condição para os alunos participarem do grupo de tutores era que não baixassem o rendimento escolar. No período em que estavam na escola para cuidar da Mel e da Pipoca, levavam a lição de casa para estudar. Acabou virando um grupo de estudo”, explica a coordenadora educacional e responsável pelo projeto na unidade, Silvane Cipolletta.

Na escola SESI Birigui, os professores organizaram uma série de atividades para integrar a mascote Pandora à rotina escolar, como rodas de conversa; a montagem de um mural com fotos de funcionários da unidade e também dos alunos com seus animais de estimação, entre outras iniciativas. Os alunos passaram a defender a causa dos animais dentro e fora da escola.

Um caso também emblemático envolveu a cachorrinha Vitória, que perdeu o movimento das pernas traseiras após um atropelamento. Na época, 2017, os estudantes do Ensino Fundamental II e Médio do SESI 409, criaram uma cadeira de rodas para cães deficientes dentro do tema ‘Engenhocas Fantásticas’, no laboratório Fab Lab do SESI, com o uso de impressora 3D. Dentro da temática dos Eixos Integradores, o trabalho foi dividido em quatro áreas: matemática, linguagens, ciências humanas e ciências da natureza, e conduzido pela professora Grazziela Bredariol.

 

Sobre a qualidade de vida

Incorporados à rotina das unidades do SESI-SP, os cães são aliados da melhora da qualidade de vida de todos os que frequentam o Centro de Atividades e as escolas. Defendidos por especialistas e conferidos na prática, estão entre benefícios à saúde física e mental:

  • aumento da prática de atividades físicas, estilo de vida saudável
  • liberação hormônio da felicidade
  • proteção contra alergias (pode elevar os níveis anticorpos (imunoglobulina A)
  • diminuição de estresse
  • auxilia em casos de depressão.

 

Quando começou?

Desde 2013, a partir da exposição fotográfica do projeto #Adotei, em parceria com a ativista e protetora dos animais Luisa Mell. Inaugurada no Centro Cultural Fiesp, a mostra circulou em 28 unidades do SESI-SP, de 2014 a dezembro de 2018. A exposição era aberta com uma feira de adoção de animais, por iniciativa de algumas unidades.

A mostra contava com 17 imagens de personalidades, artistas e anônimos e seus animais adotados, além dos registros de sete bem-sucedidos resgates feitos por Luisa e sua equipe de trabalho, a Emergência Animal.

 

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